sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Você sabia que a birra faz parte do desenvolvimento infantil?




A paciência dos profissionais da educação e dos cuidadores sempre é posta à prova quando o assunto é a birra das crianças, especialmente quando os pequenos estão na faixa dos dois e quatro anos. É justamente nessa etapa de desenvolvimento que as manhas afloram, justamente porque é quando as crianças começam a desenvolver a identidade e a vontade própria. Ou seja, até as birras podem virar aprendizado, se você souber como lidar com elas.
Mas, em que momento elas surgem no dia a dia dos pequenos? Eles são dependentes e quando se deparam com suas limitações e com os “nãos”, frustram-se e perdem o controle. O berreiro ou o debater-se no chão, aos gritos, significa algo como: “quero fazer isso do meu jeito e não do seu!”. Como a criança ainda não desenvolveu a sua capacidade de saber esperar, não tem a noção do tempo, ela fica desassossegada e angustiada porque não consegue o que quer na mesma hora.
É hora de agir e ajudá-la a entender que existem outras maneiras mais tranquilas de se comunicar. Deixar que a birra torne-se uma reação frequente e comum da criança pode comprometer a sua personalidade e prejudicar as relações futuras. Por isso, fique ligado nestas dicas.
1. Respire fundo. Claro que é difícil manter a tranquilidade diante de um escândalo do pequeno, mas, seu equilíbrio é essencial. Por isso, respire fundo eespere que a criança se acalme. Se necessário, leve-a para um local isolado. O que é importante ter sempre em mente: esse comportamento é normal, faz parte do desenvolvimento, mesmo que seja desagradável. Caso a criança se debata e possa machucar-se, segure-a firme e diga, com calma, para ela se tranquilizar. Quando isso acontecer, converse amigavelmente. Se for o caso, pegue-a no colo, porque ela precisa entender que é amada, mas que esse comportamento não é aceitável. Uma boa estratégia para desviar a atenção da birra é pedir à criança que o ajude em alguma atividade. Aqui você estará mostrando a ela a importância do respeito ao outro e que a colaboração e o afeto são importantes.
2. Mas, por quê? Ao dizer um “não”, explique por quê. Nessa fase, as crianças ainda não entendem bem qual o sentido das regras. Por isso, precisamconhecer as razões para acolhê-las. Mas, nem sempre elas compreendem que uma mesma regra vale para outras situações. Por isso, a repetição é necessária.
3. O que está acontecendo? Depois que a crise passar, converse com a criança, fazendo perguntas simples: “o que aconteceu?”, “por que você está agindo assim?”. Escute as respostas para entender se aquele comportamento é normal ou exagerado. Vamos supor que a criança se recuse a brincar de algo específico. Ela pode ter vivenciado alguma experiência traumática que a atividade a faz relembrar. Vale uma análise de cada caso.
4.Exemplo é tudo. É importante que você seja exemplo de autocontrole, porquesuas atitudes e os seus comentários são absorvidos cotidianamente pela criança.
5. Vamos combinar? Uma boa estratégia para evitar as birras são os combinados. Por exemplo, a criança faz manha porque não quer ajudar a guardar os brinquedos após a atividade. Você entra com uma combinação: “Tudo bem não guardar agora, mas que tal você guardar antes de ir para o parquinho?”. Acolher o desejo da criança cria a possibilidade de ela refletir sobre a responsabilidade que tem sobre seus atos. Para o combinado valer a pena, precisa ter algum tipo de recompensa, se for cumprido, e de consequência, se não for. Caso contrário, o esforço não terá sentido para a criança e ela vai pensar que normas não precisam ser obedecidas. No caso do exemplo que demos aqui, a recompensa pode ser um forte abraço ou um cartãozinho com um desenho afetivo feito por você, valorizando a atitude da criança. Se ela não cumprir, não poderá ir ao parquinho aquele dia, fazendo outra atividade.
6. Um cantinho pra pensar. Quando a criança faz um tipo de birra inegociável, como desrespeitar alguém, seja firme e chame-a para uma conversa em que você aponte o que significa a atitude dela e que esse comportamento não é admitido. Depois disso, em um cantinho pré-definido, mas que não a isole nem cause qualquer tipo de medo, peça à criança que fique por alguns momentos, refletindo sobre o que fez. O ideal é um minuto para cada idade. Se a criança tem três anos deixe-a no cantinho por três minutos. Passado o tempo, estimule a criança a dizer o que sentiu e a pedir desculpas pelo que fez.
7. Elogie sempre! Elogiar é essencial para a autoestima dos pequenos. Quando a criança cumprir algum combinado ou entender, sem birra, que ela não poderá ser atendida na hora ou do jeito que quer, enalteça a compreensão dela.

fonte: www.desenvolvimento-infantil.blog.br

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