sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Era uma vez um bebê com asas…


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Neste post, vamos refletir sobre o desenvolvimento do discurso narrativo dos pequenos, a partir de histórias que ouvem, contam e recontam, mesclando ficção e realidade.
Os especialistas afirmam que, antes mesmo de começar a falar, o bebê é capaz de entender as histórias contadas pelos adultos. Esse contato com relatos do dia a dia, de situações reais ou as presentes nos contos de fadas, é que vai formando um cardápio de imagens, nomes e roteiros que o pequeno usará mais tarde. Nessa etapa, começa o longo processo da construção do discurso narrativouma das principais formas de expressão do ser humano para exercer a troca comunicativa.
A criança também observa e se espelha nos usos e no funcionamento da linguagem dos adultos, os porta-vozes da cultura onde ela está inserida.
Por isso, quando começa a falar, ela lança mão desse repertório acumulado desde os primeiros meses de vida para descrever suas vivências e sensações.
Quando a criança começa a contar de si, misturando realidade e ficção, o adulto deve encarar esse recurso como um dos elementos mais importantes ao desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança e não como falta de discernimento entre o real e o imaginário.
A postura do adulto na interlocução com os pequenos pode fazer toda diferença. Ele deve estimular a criança a ir além dos recursos que ela utiliza em suas construções.
É o chamado “jogo de contar”. Ao recontar a história de um livro, por exemplo, sobre um menino que tinha medo de escuro, a criança pode dizer que ela escondeu-se atrás da porta quando o escuro chegou. O interlocutor explora esse aspecto, perguntando se o personagem do livro fez a mesma coisa, qual era seu nome, o que ele disse, e assim por diante, criando uma relação de cumplicidade com a criança.
Outra forma que simboliza as narrativas infantis é quando os pequenos criam papéis e situações de faz-de-conta, nas brincadeiras, tornando-se super-heróis que salvam pessoas de situações de risco.
O psicanalista e pesquisador da infância Donald Winnicott (1986-1971) nomina essas simbolizações como espaço potencial, uma área de experiência onde as crianças brincam com a realidade, dão um sentido aos elementos que encontram, mas de um jeito que possam lidar com eles. Esse espaço potencial, segundo Winnicott, deve ser garantido pelo adulto para que a criança exercite sua criatividade e construa uma forma autêntica de encarar a vida. Ou seja, se a criança relata um evento real com doses de fantasia, reprimi-la dizendo-lhe que está mentindo é seguir na contramão de seu desenvolvimento. Às vezes essa repressão ocorre por que alguns acreditam que aceitar a fantasia é colaborar para a instalação de um padrão de comportamento (“vai virar um adulto mentiroso”), o que não é verdade.
Mas, para que a criança possa exercitar sua criatividade e desenvolver-se, ela precisa ter matéria-prima, com histórias diversificadas. O contato permanente com relatos de vivências nos grupos por onde circula, de adultos e de outras crianças, e com textos literários é essencial para que ela apreenda cada vez mais os aspectos estruturais da narrativa, como marcadores de tempo, de espaço e a contextualização.
Saiba mais sobre o tema nesta matéria da Revista Nova Escola, e leia também os artigos que exploram o assunto na Enciclopédia da Criança.

fonte: http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/

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