segunda-feira, 21 de julho de 2014

Bebê no útero também fala !






O bebê recém-nascido também fala, mas, para isso, utiliza o próprio corpo.  Conforme vai apreendendo o que está a sua volta, essa comunicação fica mais intensa e interessante. No entanto, é preciso sensibilidade dos pais, familiares e cuidadores para traduzirem a linguagem corporal dos pequenos e ajudá-los a ampliar seu repertório. Entender e responder aos estímulos garante um melhor desenvolvimento da criança em todos os níveis.
O tema é extenso e interessante. Por isso, vamos abordá-lo em alguns posts.  Para começar, falaremos das vivências intrauterinas e como elas repercutem após o nascimento da criança.
No útero da mãe, o bebê não sente frio, calor ou fome, mas, a partir do quarto ou quinto mês, ele percebe as vibrações e sons do mundo interno e externo.
Por exemplo, o pequeno sente o balanço do movimento da mãe e sua intensidade: quando caminha, quando corre, quando se curva. Essa percepção o ajuda a entender que as coisas estão em ordem. A agradável sensação do balanço é sentida também pelo recém-nascido, no colo, no berço ou mesmo no carrinho.
O alemão Samy Molcho, autor do livro “A linguagem corporal da criança”, publicado pela Editora Gente, explica que, fora do útero, embalar a criança não é simplesmente balançá-la. É preciso seguir o ritmo tranquilo do caminhar. Do contrário, o balanço rápido, com pressa, não terá o efeito calmante, aquele percebido no útero.
Outro aspecto é que, cada vez que nos movimentamos para frente ou para trás, contraímos ou relaxamos o diafragma e esse ritmo constante gera a inspiração e a expiração, que também acalmam.
No útero, o bebê percebe a cadência do coração da mãe. Mais tarde, algumas canções infantis retomarão esse ritmo regular.
Todo ritmo análogo ao coração humano gera sensação de paz e segurança à criança.
Durante a gravidez, chutes e batidas do bebê cessam quando a mãe coloca a mão sobre a barriga. Por outro lado, quando ela está em uma posição desconfortável para o bebê, ele recomeça a movimentação, como que dizendo: “Por favor, você pode se virar?”.
Mas, o dia do nascimento está chegando e o bebê sente que não há mais espaço para ele ali.  As primeiras contrações, que começam devagar e vão intensificando-se, dando tempo ao bebê para se preparar, são sinais claros de que ele terá de sair. No parto normal, mãe e filho trabalham em parceria para que o nascimento aconteça.
O choro do bebê ao nascer é de dor e reflete seu primeiro contato com o ar, fazendo os pulmões funcionarem. É, também, sua primeira comunicação com o ambiente.
Logo, a criança começa a experimentar novas sensações, como a fome. Agora, para saciá-la, terá de pedir e esperar até que a mãe o atenda.
A pele, antes sem qualquer outro contato, sente frio, calor e a sensação trazida por outra pele e tecidos. A luz e uma gama de ruídos também passam a cercá-lo. Em suma, o recém-nascido precisa organizar e classificar esse caos de novos sinais. Por isso, é natural que ele chore. Mas, se for colocado junto ao peito da mãe, reagirá com tranquilidade. Mamar pressupõe um ritmo constante e o bebê sente-se acolhido novamente.
tags: linguagem feto, intra-uterina, útero, materno, barrigal

fonte: http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/

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