domingo, 20 de julho de 2014

Como a criança era vista no passado? Como ela é vista hoje?





O “ser criança” mudou muito através do tempo. A construção de um conceito em que a criança está no centro das atenções da sociedade é mais recente do que se imagina. O post de hoje fala sobre essa trajetória sob o ponto de vista dos maiores pensadores deste e dos séculos passados. Um conteúdo e tanto para você aprofundar-se ainda mais no tema Primeira Infância e fortalecer seus conhecimentos históricos a respeito.
“Ser criança nem sempre foi sinônimo de fragilidade. A infância, assim como a conhecemos, é uma invenção da modernidade, concebida através de uma evolução cultural e histórica”.

Esta frase abre o capítulo “Ser Criança Hoje”, da publicação Nota 10 Primeira Infância, idealizada pela parceria entre Canal Futura e FMCSV.
Para traçar uma linha do tempo, o livro mostra quais foram os principais historiadores, psicólogos, psiquiatras, educadores e antropólogos que se debruçaram sobre o tema e ajudaram a rever costumes do passado que, hoje, são inconcebíveis.
Você sabia, por exemplo, que os ingleses vendiam seus filhos de sete anos como escravos para os irlandeses, no século XII? E que o costume de não amamentar o próprio filho, recorrendo-se às amas de leite, se estendeu até o século XV na Europa?
Dentre os pensadores citados no livro, está Jean Jacques Rousseau (1712-1778) que influenciou a educação e defendia que a criança não deveria mais ser entendida como um adulto em miniatura.
A psiquiatra e educadora Maria Montessori (1870-1952), também mencionada, é uma das precursoras do trabalho com crianças portadoras de necessidades especiais. Suas ideias e métodos foram adequados às crianças comuns nas escolas regulares e receberam o nome de Método Montessori.
Célestin Freinet (1896-1966) deu uma importante contribuição à educação criando o trabalho-jogo, que se fundamenta em quatro eixos: cooperação, comunicação, documentação e afetividade.
Lev Vygotsky, Henri Wallon, Jean Piaget são alguns dos ícones históricos que se destacaram na educação e formação da criança, vista como um indivíduo que precisa de um olhar cuidadoso e diferenciado.
A publicação também destaca pensadores contemporâneos e sua importância no estudo sobre a infância, como Constace Kamil , Emília Ferreiro e Jerôme Bruner.
Desde o final do século XIX, várias áreas do conhecimento (História, Cultura, Psicologia, Educação, Medicina) vêm estudando a infância. Somente no início do século XXI é que novas disciplinas, como as Ciências Sociais, as Neurociências e a Economia, assumiram um papel fundamental ao colocar as crianças como prioridades das políticas e dos investimentos em equipamentos educacionais, creches, formação de educadores, dentre outras iniciativas.
Algumas características preocupantes caracterizam a infância deste século, como crianças agressivas, carentes afetivamente, superestimuladas, que sofrem violência dentro de casa. Estes e outros aspectos são discutidos livro, que também aborda em suas páginas as referências legais, o que tem sido feito pelo poder público federal para garantir os direitos e a proteção à criança pequena, os desafios e os ganhos da pluralidade de infâncias no país e o que uma nova visão sobre a criança significa para as instituições e profissionais que lidam com ela.

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