quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A soneca só faz bem





Aquele soninho que bate na criança pequena, durante o dia, é muito importante para o seu desenvolvimento. Como educador ou agente da saúde, é bom incentivar esses momentos e dizer aos pais o quanto a soneca contribui ao bem-estar de seus filhos.
A matéria foi publicada pelo jornal O Globo. Ela mostra que os cochilos, além de uma boa noite de sono, fazem diferença na memória e no aprendizado do bebê, especialmente até um ano.
Quem faz esta afirmação são os especialistas responsáveis por uma pesquisa realizada na Universidade de Sheffield, Inglaterra, que mostra a relação do soninho com o aprendizado de determinadas habilidades.
Eles acompanharam mais de duzentos bebês, de seis meses a um ano, ensinando três novas tarefas com fantoches de mão. Crianças que não cochilavam depois do aprendizado foram comparadas àquelas que cochilavam de trinta minutos até quatro horas depois da atividade. Apenas as que tiravam um cochilo mais longo (mais de meia hora) se lembravam das atividades no dia seguinte.
A ideia de que a criança aprende mais quando está totalmente desperta parece cair por terra nesse estudo, já que a psicóloga que o coordenou acredita que o melhor momento para o aprendizado das crianças é um pouco antes da soneca.
Mas, e quando os bebês não dormem? Aí vale uma análise mais ampla sobre esse fenômeno que não só prejudica a criança como também afeta os pais.
No Blog Amigas do Parto, Adriana Tanese Nogueira, que é uma das fundadoras da ONG Amigas do Parto, psicanalista, autora e educadora perinatal, faz algumas provocações importantes, que você pode compartilhar com os pais que têm bebês nessa situação. Normalmente, a falta de sono é daquela criança que dizemos estar ligada no “220”. Passa o dia entre uma atividade e outra, como se descarregasse toda a sua energia. À noite, continua tensa. A tendência de alguns adultos é de rotulá-la como hiperativa ou criança-problema. Será que, na realidade, ela é um reflexo do ambiente onde vive?
“Como um radar, o bebê capta todas as ondas da casa: sente a raiva da mãe pelo pai sem ver o sorriso fictício que ela lhe oferece; sente o estresse do pai, sente a tensão dos que passam, o medo e o desconforto que pairam no ar. Bebês que não dormem são, exatamente como adultos, pessoas que não estão bem, que sentem ansiedade e medo. Apesar de não haver leões por perto, a tensão da casa pode lhe parecer tão ameaçadora quanto um manada de rinocerontes correndo em disparada em sua direção. O adulto precisa parar tudo e focar sua atenção sobre o bebê para compreendê-lo. Isso é ser pai e mãe. Atenção é uma atitude mágica, mas para que ela seja real precisa que ocorra após ter parado tudo mesmo, ter deixado de lado o relógio, os compromissos, os incômodos e desejos para se estar literalmente à serviço do bebê, indo ao seu encontro”, comenta Adriana.

fonte: http://desenvolvimento-infantil.blog.br/

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